O retorno para o Brasil

Os 600 Km de Salzburgo para Frankfurt foram percorridos com uma certa lentidão pois foi um dia chuvoso e nevando em alguns momentos. No final todos se encontraram felizes e ainda tomamos uns drink´s no saguão do bar no  hotel Holiday inn em Frankfurt.

No dia seguinte, 16, saímos num táxi para um centro comercial importante de Frankfurt, ali na rua Zeil, onde não vi grandes vantagens. Andréa comprou bugigangas, inclusive uns óculos até bonitos por metade de euro cada. Eunice comprou umas coisas também. Nesse dia passei um sufoco danado por me sentir como se estivesse sempre embrulhado com aquela indumentária toda contra o frio. Após aguardar Eunice às 16 horas em ponto defronte a loja da rua ZEIL e ela não chegar, retornei ao local que tinha deixado D.Ana e Andréa, um quiosque no passeio da rua. Quando fui pagar a conta dos lanches de 16 euros, só conseguimos juntar 15 euros. Tive que ir novamente ao banheiro num porão de difícil acesso do restaurante por uma escada íngreme, estreita e mal iluminada, cheia de pequenas salas, antessalas e câmaras. Com preguiça de ir até o diminuto banheiro, parei numas daquelas salas e tentei retirar o porta dinheiro de dentro da cueca pela cabeça, para evitar ter que tirar as botas, 2 meias, ficar descalço, tirar 3 calças e a cueca, quando umas 3 senhoras abriram a pesada porta naquela penumbra e viram a marmota, gritaram e voltaram correndo, até que me desvencilhei e tateei para achar o caminho de volta. Tratei de pagar a conta com um euro que faltava e sair rapidamente do local com as 3 para um táxi próximo enquanto vi de longe umas senhoras apontando para mim. Foi um grande mico. Chegando ao hotel tratamos de organizar nossa bagagem para a longa viagem de retorno ao Brasil.

Decolamos ás 10 horas da manhã, sem burocracia, todos muito alegres do maior aeroporto de cargas do mundo. A viagem durou 10 horas, direto e sem escala, chegamos as 8 horas da noite no horário da Alemanha e 16 hs

no horário de Fortaleza. Todos muito bem de saúde. Alguns alemães fizeram algazarras e excederam um pouco na cerveja dentro do nosso avião, mas isto faz parte, eles estavam alegres e fugindo daquele frio glacial. Afinal de contas eles vinham para esse nosso paraíso tropical.

 

 

Saudades de Garmisch-Partenkirchen: – Que venha Salzburgo na Áustria

Saímos para Salzburgo-Áustria no final da manhã do dia 12 de novembro  para percorrer 184 km em estradas excelentes com muita neve. Nenhuma exigência burocrática na fronteira, apenas uma taxa adicional cobrada pela locadora dos carros por trafegarmos para outro País. Chegamos no hotel Adlerhof as 14 horas em Salzburgo . Entramos logo em nossos quartos após as providências do check in. O hotel era um emaranhado de corredores, puxadinhos e salas esquisitas e tortuosas, mas tinha elevador.

Saímos em busca de um local para comer alguma coisa.  Não achamos logo o restaurante próximo conforme nos informaram e seguindo na rua do hotel e entramos num shopping simples, modesto, cheios de mulheres com véu e alguns homens com turbante. Comemos uma macarronada até razoável com coca cola.  Depois visitamos umas lojinhas, demoramos um pouco e retornamos para o hotel. Um aviso, na Áustria se fala o alemão.

Com informações mais precisas depois conhecemos um restaurante pertinho do hotel e meio escondido pertencente a um afegão muito simpático. Tinha comida até parecida com a nossa, pizza, sucos, refrigerantes, galinha e arroz,  e com preço acessível. O pessoal adotou esse local em Salzburgo e também decidimos ficar definitivamente no Adlerhof. Os clientes do nosso restaurante nos olhavam desconfiados com a algazarra que fazíamos.

O hotel começou a se tornar interessante e tinha tudo por perto. Era razoavelmente confortável, bom café da manhã, quartos limpos, decentes e tinha um vaso sanitário com formato estanho.

No dia seguinte fomos conhecer a cidade velha, relativamente próxima do nosso hotel e decidimos fazer um city tour em Salzburgo. Compramos os bilhetes no próprio hotel para pegar o ônibus chamado hip hop e fizemos um belo passeio. Conhecemos os principais pontos turísticos de Salzburgo, terra de Mozart e do famoso medico Doppler. A cidade é muito bem conservada e as impressões iniciais negativas foram dando lugar a agradáveis surpresas. O ponto alto foi o Castelo e outros locais que serviram de cenários naturais  para o clássico filme  A noviça Rebelde. 

Após mais um almoço no Afegão e rápido descanso no hotel visitamos uma animada e graciosa praça com pista de patins no gelo lotada de crianças, e fizemos

Regis e Marina na Alemanha

um passeio a pé nas ruelas medievais até a ponte sobre o rio Salzach. No dia seguinte fomos para Hallstatt, 2 horas de Salzburg. A cidade tem mil habitantes é tipo um cartão postal e estava entupida de chineses. A entrada foi tumultuada e esta cidade me pareceu despreparada para receber muita gente. Mas, vale a pena esse passeio.

Retornando a Salzburgo, de noite fomos assistir a uma peça musical de Mozart, numa sala de espetáculo de ópera em local sofisticado e elegante. Exatamente às 20:00 horas o show começou e foi muito organizado e bonito, alternando instrumentos de cordas e coro de vozes masculinas e femininas. Na manhã seguinte pagamos o Adlerhof  e partimos para Frankfurt. Hoje, reconheço que o hotel Adlerhof em Salzburgo é recomendável.

Cesar Jr e Fabiana em Hallstatt-Áustria – nov. 2016

Mas, nós queríamos conhecer o museu do holocausto e sentir a atmosfera de Nuremberg, que tem a mais antiga universidade do mundo. Eu já tinha assistido ao julgamento de Nuremberg pela TV, ver naquele museu foi emocionante. Foi um dia chuvoso, cansativo e triste pelo retorno, mas enfim, chegamos em Frankfurt no começo da noite.

 

Viagem de Rothenburg ob der Tauber para Garmisch- Partenkirchen

Os postos de combustíveis vendem  diesel de diferentes qualidades e preços. Mas, o uso do combustível mais barato  nem sempre compensa. Estávamos indo de

A cratera que abrigou Nordlingen na rota romântica

carro de Rothenburg ob der Tauber para Garmisch-Partenkirchen distando 300 Km  e queríamos passar em Nordlingen, uma cidade dentro da cratera Ries, formada pela queda de um meteorito há 15 milhões de anos. Depois do almoço e passeio em Nordlingen seguimos viagem e chegamos em Garmisch-Partenkirchen no começo da noite. São cidades gêmeas localizadas às margens do riacho Partnacher, grande estação de esqui da Alemanha. Sediou os jogos Olímpicos de inverno de 1936.

A casa em Garmisch-Partenkirchen deixou as crianças pulando de alegria com uma caixa cheia de brinquedos que tinha na sala.  A cozinha era completa com todas as peças e utensílios necessários. Os quartos eram amplos e a mobília de excelente qualidade.

Eunice e D.Ana no nosso quintal com vista para os Alpes e destaque do ZUGSPITZE

Tinha uma churrasqueira  no pátio externo, que nunca usamos por causa do frio. La fora se via um campo belíssimo com casinhas espalhadas e no fundo, as montanhas nevadas dos Alpes alemães, destacando-se o Zugspitze. De longe se via um trem vermelho transitando de hora em hora no fundo do nosso quintal.

Fomos num centro comercial próximo, compramos produtos para lanche, café da manhã e jantar. As embalagens nos supermercados são caríssimas e eu sempre me esquecia disso, só me lembrava na hora de pagar uma fortuna pelos sacos de plástico para uma senhora de ar carrancudo e de grande destreza no caixa. O vasilhame da cerveja a gente paga e eles devolvem o dinheiro com o retorno. O alemão valoriza profundamente a classificação, seleção e destinação dos resíduos. A seção de frutas e legumes está sempre na frente do supermercado, as frutas dispostas nas prateleiras num desenho colorido que nos impressiona pela organizada precisão.

Noutro dia fomos ao Zugspitze, montanha nos Alpes mais alta da Alemanha, 2.964 metros, eles recebem muitos turistas internacionais endinheirados. Não subimos no teleférico pois o frio nos desanimou, passamos o dia em Garmisch, cidadezinha opulenta de 30 mil habitantes. Passeamos sem pressa e sem compromissos com locais e horários, parando aqui e ali para tomar o chocolate quente no centro de Garmisch-Partenkirchen.

Utilizamos a casa de Garmisch-Partenkirchen como base, vários subgrupos fizeram seus passeios turísticos de interesse. Um dia, um subgrupo foi para Munique, onde tem a sede da BMW, em viagem de 1 hora de carro. Outro subgrupo foi para a cidade de Füssen onde abriga o famoso castelo Neuschwanstein. Construído pelo rei Ludwig em 1886, o palácio serviu de inspiração para o castelo da Cinderela dos desenhos de Walt Disney.

No dia seguinte foi a minha vez de ir para Munique de carro, e conheci  a HB HOFBRAUHAUS. Ressalte-se que Munique é o principal polo produtor de cervejas do mundo. As mesas da cervejaria são para umas 10 pessoas, cada mesa tem um padrinho, um dono. Tem gente do mundo todo, é um local extremamente alegre, interativo, cada dia você conhece gente diferente em momentos de festas e descontração.

Andréa numa rua de Munique – nov 2016

No ultimo dia em Garmisch fizemos uma viagem novamente para Munique. Pegamos o trem das 9:16 hs e foi para mim a mais  espetacular viagem que fiz no interior da Alemanha, 1 hora no confortável trem. Viajando e apreciando aquelas paisagens na neve, casinhas coloridas de estilo alemão, plantios bem alinhados, linhas de transmissão a energia solar, eólica e moinhos.