A Viagem de Moscou para São Petersburgo

A excursão saiu do hotel Holliday Inn em Moscou às 8:00 horas de 19 de agosto  para São Petersburgo. Foram 630 km percorridos no ônibus da empresa de turismo. Chegamos à cidade de Klin  com 80  mil habitantes e distando 85 km de Moscou, às 9:45 horas da manhã. Demora  devido ao trânsito em Moscou. Passamos em frente ao museu- casa onde nasceu Tchaikovsky, era uma sexta-feira, não abre quarta e quinta. Uma imensa área verde na frente.

Prof. Valdeci e D. Mirian na frente da casa de Tchaikovsky em Klin-Russia, 2013.

Seguimos viagem e chegamos a um Monastério ortodoxo russo fundado pelo patriarca Nikon em 1653. Ele fica próximo ao lago  Valday em Valdaysky Rayon de Novgorod Oblast. Local de grande força espiritual, a gente sente, quadros e afrescos belíssimos, de grande valor artístico.

Eram 15 horas e vimos 2 monges saírem de dentro da igreja e cantarem com um coro harmonioso, hinos religiosos do cristianismo ortodoxo russo que nos deixaram maravilhados. Foi um belo momento de reflexão naquela região coberta por floresta e lagos. Tinha uns letreiros bonitos que para nós eram inteligíveis. Valdeci filmou muito bem o local e sempre mandava umas observações suas e da Miriam para a Mariana, neta deles. Ele fala na gravação o que eu dissera antes; Imagino como deve sofrer um analfabeto, pois é isto que eu sinto aqui na Rússia, pior ainda, mouco e mudo e só posso comer apontando a comida no cardápio, se não tiver uma fotografia corremos o risco de ficar com fome.

A viagem após estes momentos de meditação e paz continuou no nosso ônibus muito calma, todos ouvindo lindas musicas russas, belas paisagens naturais, lagos, rios e animais, até chegarmos a noitinha na cidade de Veliky  Novgorod, situada a 155 km a sudeste  de São Petersburgo.  É a sede da KGB, berço e semente do que se transformou a União Soviética e depois a Rússia, maior Pais do mundo com mais de 17 milhões de km quadrados.   Chegamos ao Park Inn Velliky Novgorod e pagamos U$ 82,00 por uma diária. O jantar incluído na excursão teve um cardápio na base de peixes e pato, batatas e outros acompanhamentos por mim desconhecidos, muito vinho e vodca, música ambiente em um salão ricamente decorado. O banquete foi exclusivo para o nosso grupo e tivemos oportunidade de conversar e compartilhar com as pessoas  nossas impressões sobre a viagem e nossos Países. Nos recolhemos, acordamos cedo e tomamos o café da manhã, no fundo eu estava preocupado era com nossos passaportes que ficaram retidos na portaria.

Visitamos a bela catedral de Santa Sofia, Eunice tirou uma foto sugestiva com uma estátua de uma mulher sentada numa praça com um canteiro circular limitada por uma ponte sobre o rio Volga. Depois fomos a uma área rural onde conhecemos uma casa típica de um camponês russo, entrei na casa e observei as condições em que uma família rural vive ali.  Segundo nos foi relatado pela guia, a própria temperatura dos corpos humanos serviria para amenizar o frio glacial dos membros da família, muitos graus abaixo de zero nos quase sempre rigorosos e longos invernos russos.  Fazia calor neste dia que estávamos lá, meados de agosto de 2013, mas imagino a intensidade destes frios no inverno.

Casa típica de um camponês russo

Quis tirar fotos com uma camponesa que estava na casinha, mas ela disse que não concordava, ou, parece que se sentia envergonhada ou era desconfiança mesmo. Dei umas voltas nas proximidades da casa e quis registrar o formato das cercas em Novgorod. Elas me chamaram atenção, feita com varas distribuídas de forma inclinada, diferentes de tudo que eu já tinha visto, a configuração deve ter uma razão lógica que eu não consegui perceber.

Depois adentramos na casa de um camponês típico, um agricultor familiar russo e pude ver o espaço apertado que eles vivem, os utensílios domésticos, com destaque para o berço protegido e pendurado numa corda. Deve ser para facilitar o embalo e fazer o nenê dormir.

Após estas visitas e observações nos reunimos num convidativo e aconchegante restaurante onde almoçamos cordeiro com espinafre, pão, batata e sucos de cerejas, ô pessoal pra gostar de cereja. Tomate lá é saboreado como fruta,  com sobremesa de doces muito diferentes e por mim estranhos.

Interior da casa do camponês. Vejam o berço no detalhe.

Neste almoço, assistimos e participamos de um show musical russo extremamente animado e do qual tenho uma boa recordação de qualidade da percussão.  Alguns membros do nosso grupo tiveram ampla interação com os russos que cantavam, dançavam e tocavam.  Eles ofereceram um instrumento musical de percussão interessante, infelizmente eu não quis trazer mais uma bugiganga, como eu costumo classificar estas coisas, tralhas. Falha nossa, eu deveria ter trazido este instrumento de Novgorod para Fortaleza para enriquecer nosso regional nas festas do Cesar Jr.

No final da viagem perguntei a nossa guia IRINA, por que a gente quase não vê  ninguém na estrada, em pleno verão quente, as casas me pareciam abandonadas. IRINA me respondeu; Os russos vieram quase todos para a cidade, a urbanização é intensa nestes últimos anos, é muito frio no inverno e difícil dispor de tanta madeira para se aquecer no inverno. Essa foi literalmente sua explicação para a urbanização. Mas, as causas devem ser muito mais profundas… Aceitem ou não, essa foi a explicação da IRINA e eu dei a conversa por encerrada.

 

Autor: cesarcnpq

CESAR VIEIRA é cearense de Fortaleza

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