Fortaleza – San Francisco da Califórnia (EUA)

Devido à demora para identificarem o dono de uma mala no depósito de bagagem do avião o voo atrasou. São Paulo seria o primeiro trecho a ser vencido naquele final de janeiro de 2015, saindo de Fortaleza para San Francisco. O passageiro fez o check-in junto com sua mala. Por um motivo qualquer desistiu do voo e tiveram de encontrar sua mala entre centenas; conclusão: ainda é fácil alterar horários de voos em aviões, basta um passageiro ter uma indisposição e desistir. Me surpreende tantos investimentos em tecnologias nestes aeroportos e ausência de agilidade para solucionar alguns frequentes e pequenos transtornos desse tipo. Chegando em São Paulo tarde da noite perdemos a conexão para os EUA. A TAM nos autorizou o pernoite num hotel na ESTAÇÃO DA LUZ, pagou nosso taxi depois de uma enfadonha burocracia no seu guichê em Guarulhos. Retornamos para o aeroporto cedinho da manhã, sem nossas malas e notícias se elas tinham ido na frente ou ainda estavam em São Paulo. Quantos contratempos ocorreram com os demais passageiros da TAM devido àquela mala ? Chegamos em Miami no meio da tarde. Enfim, tudo foi dando certo, mesmo com dificuldade de comunicação com uma agente da imigração americana que queria saber minunciosamente os motivos de nossa viagem para a Califórnia. Ah, sim, finalmente em MIAMI encontramos nossas malas e um funcionário enfiou as mesmas num buraco com esteira até a nossa sala de embarque. Depois de uma exaustiva diligência para encontrar esta dita sala no gigantesco aeroporto, podemos sentar e aguardar o chamado para o voo costa a costa e após 6 horas neste avião chegamos em San Francisco às 23 horas.

Eunice no bondinho em San Francisco.

Pegamos um taxi quase meia-noite do dia 27 e atravessamos San Francisco. Vi senhoras bem vestidas atravessando calmamente a rua com suas compras e bolsas. A forma descontraída como andavam me sinalizava que eu não estava no Brasil.  Na verdade passamos 3 dias por nossa  conta e risco em São Francisco, (28, 29 e 30), os 2 dias anteriores foram gastos na longa e cansativa viagem. Ficamos no Hotel Beresford, 2 quadras da Union Square. Passeamos pela Maiden Lane, e no ponto central Dewey Monument, que eleva a Deusa da Vitória aos céus. Frequentamos de dia o prédio do Macy´s onde fazíamos refeições no ultimo andar, sempre apinhado devido a qualidade e o preço mais em conta. Pela primeira vez usei aquele aparelhinho que vibra quando chega a hora de atender o nosso pedido, confesso que não conhecia tal ferramenta. Hoje é comum, a globalização difunde rápido essas novidades.

Nosso hotel tinha um espaço ao lado que de dia funcionava uma lanchonete e de noite era uma boate. Na esquina tinha um restaurante que descobrimos com comida e preços decentes, 3 quadras de onde se pega o bondinho símbolo. Esse passeio imperdível merece a gente comprar um passe por 3 dias. Após andar bastante eu e Eunice pegávamos o bondinho na própria Union Square na esquina da Powell com Post. O passeio é espetacular, aprecia-se toda a cidade, subindo e descendo aquelas ondulações, o bonde é especial, confortável, singelo, anda devagar e o turista fica num assento aberto e panorâmico. Os passageiros sentem-se bem à vontade, as peças e instrumentos mecânicos são sabiamente antigos e artesanais, verdadeiro cartão postal da cidade. O passeio tem algo de nostálgico e bucólico, serve para a gente relaxar e repor as energias gastas. É realmente imperdível, uma referência de simplicidade, tranquilidade e percebemos as coisas de perto como se estivéssemos andando a pé sem cansar, com conforto e tranquilidade. Pegamos esse transporte clássico de dia, onde fomos até o nosso passeio para um ponto turístico e agradável de San Francisco, logo percebemos que estávamos em Fisherman’s Wharf, local agradabilíssimo repleto de gaivotas e barcos pesqueiros. Sua história remete aos primórdios da cidade de San Francisco, mais precisamente durante a Corrida do Ouro.

Eunice em San Francisco, Pier 39

Depois de passearmos pelo Ferry Building Marketplace, uma espécie de “mercado municipal” de San Francisco, seguimos em frente em nosso passeio em direção ao famoso Pier 39 em Fisherman’s Wharf. Procurei, mas não vi nenhum leão marinho, e pelo menos neste dia não conferi esta atração divulgada pela internet. No caminho passamos em frente a varias lojinhas e numa dessas, de uma coreana, Eunice comprou uma touca esquisita com uma bolinha vermelha em cima e paramos um pouco em frente ao museu de madame trussot cuja matriz fica em Londres. Em frente a esta filial de San Francisco tinha uma réplica de cera em tamanho natural do ator Leonardo di Capri. Foto 2

Aproveitamos ainda para passear um pouco mais pelo pier, e fomos de barco visitar a famosa ilha de Alcatraz, bem no meio da baia de San Francisco. Entramos no presídio federal de segurança máxima que funcionou até 1963, cujo mais famoso preso foi Al Capone.  Percorremos algumas celas outrora símbolo daquele pavoroso isolamento.

Eunice em Alcatraz

Na volta da ilha de Alcatraz percorremos várias barracas de verduras com enorme variedade de frutos do mar, destacando-se os caranguejos gigantes. Passeamos numa espécie de triciclo dirigido por um jovem casal que me afirmou que era dali que tiravam seu sustento. Como ninguém é de ferro chegou a hora de almoçar ouvindo musica bossa nova brasileira qualificada de um desses artistas que tocam nas ruas. Depois disso passeamos um pouco pelas redondezas, passamos rapidamente numa ROSS na Guirardelli Square antes de pegarmos o “bondinho” da Linha F que liga o Fisherman’s Wharf ao Castro. É um local badalado e palco de inúmeros e históricos movimentos sociais principalmente sobre diversidade e liberdade sexual e de costumes. Seguimos em direção à Union Square e voltamos para o hotel. De noite fizemos ainda um passeio noturno no nosso bondinho. San Francisco é uma cidade alegre, bonita e parece que vive sempre numa festa e em clima leve e descontraído.
No ultimo dia, 30 de janeiro, cedo visitamos a Chinatown de São Francisco, a mais antiga dos Estados Unidos. Além de ser considerada uma das maiores comunidades de chineses fora da China, caminhamos pelas ruas de Chinatown num encontro da história e cultura chinesa. O bairro fica ao lado do centro da cidade e é possível chegar até lá caminhando. Daí, de taxi fomos para um enorme parque, o Gold Gate Park, nos anos 50 foi palco do movimento hippie e é limitado pela Fulton st e Lincoln Way. Fizemos um passeio rápido no belo jardim japonês, Young museu e Academia de Ciências da Califórnia, tudo ali pertinho. Infelizmente não entramos na academia de ciências com mais demora, foi uma grande falha, além de não termos conhecido a Lombard St. No dia 31 seguimos de avião para Los Angeles, agora estávamos sob os cuidados da Bancobrás que dirigiu nossa excursão daí em diante. Chegamos ao aeroporto de Los Angeles e fomos recebidos por um guia turístico que nos conduziu até o hotel Bonaventura com 4 torres (verde, azul, amarelo e vermelha). Chegamos a este majestoso hotel as 14 horas. No final da tarde e noite ficamos ali apreciando a Cidade do 25º andar no centro financeiro da cidade. Os apartamentos são confortáveis, o hotel tem várias lojas de conveniência e as refeições podem ser feitas no quarto andar. No 34º andar tem um restaurante panorâmico onde Los Angeles pode ser vista de diversos ângulos, a torre é móvel.  O hotel foi palco de alguns filmes famosos. Soube por comentários que o ator Arnold Schawzenagger em um de seus filmes de ação subiu a cavalo num dos elevadores panorâmicos do hotel.

Autor: cesarcnpq

CESAR VIEIRA é cearense de Fortaleza

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