Chegamos em San Francisco pela 2ª vez, ao som da famosa música que identifica a cidade (San Francisco) e fomos direto para o Hotel Hilton. Era o finalzinho de uma tarde de fevereiro. Nessa mesma noite fomos para a Union Square, no Shopping Saks. Na manhã seguinte visitamos a Golden Gate Bridge, uma ponte pênsil com 2.737 metros de comprimento. As suas duas torres de suspensão erguem-se a 227 metros acima do nível do mar. Essa ponte é cartão postal da cidade e liga San Francisco a Sausalito. Atravessamos a ponte, considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, de ônibus. Infelizmente estava com uma densa neblina. Gostaria de ter conhecido Sausalito melhor.

No retorno para Los Angeles dessa vez fomos de ônibus, passamos por Monterrey, Carmel, Santa Maria, Santa Barbara e finalmente Los Angeles.
Vimos de longe uma pequena ilha santuário de leões marinhos a 10 km de Monterrey, visitamos o seu cais e deixamos de conhecer o seu famoso aquário. No cais vi um mendigo segurando uma plaquinha com a frase em inglês que traduzida dizia, uns trocados para tomar umas cervejinhas. Achei o pedido inusitado. Passamos por praias repletas de trailers e onde residem muitos artistas de cinema milionários aposentados. Senti aqueles locais com uma atmosfera triste, embora sempre sinta isso quando o dia está nublado. Dormimos em Santa Maria e fui informado que era a terra onde o Michel Jackson tinha sido julgado. Não vi nada de relevante nisso.

Passamos rápido por Santa Barbara em um cais que sinceramente, não achei nem um pouco atrativo, finalmente, Los Angeles. Confesso que exceto as belas, conservadas e impressionantes autoestradas, minha impressão sobre as badaladas praias da Califórnia não foi das melhores, sem nenhum bairrismo sou mais as nossas daqui mesmo do Nordeste brasileiro. Ressalte-se que as visitas foram muito superficiais e o tempo não ajudou. Nesta rápida visita de 12 dias em cidades da Califórnia, Arizona e Nevada, presenciei o extraordinário desenvolvimento e seus reflexos decorrentes do alto grau de competitividade das empresas do oeste dos EUA. Um grande País que soube maximizar e tirar proveito de todo o potencial da Ciência & Tecnologia. Desenvolveram o turismo, a partir das maravilhas do Grand Canyon, entretenimento em Las Vegas num deserto daqueles, que fica ali bem perto da pujança da Califórnia. Souberam usar bem até o vento do deserto para produzir energia eólica, aproveitaram bem as riquezas derivadas do ouro que foi extraído e investidas lá mesmo, das artes tão bem e eficientemente produzidas e divulgadas mundialmente pelas revistas em quadrinhos e cinema de Hollywood, que nos fez conhecer o velho oeste americano desde criança, até bem melhor do que a nossa própria história. No meu entendimento, tudo isso, foi uma combinação perfeita que soube criar um clima salutar e competitivo a partir de um ambiente institucional incentivador do empreendedorismo (pouca burocracia para se criar uma empresa e contratar cérebros privilegiados e eficientes gestores e trabalhadores). Houve um ambiente organizacional favorável que garantiu trocas vantajosas através do comércio, serviços e dos transportes com o resto do mundo pelo Oceano Pacífico. Foi estruturado um formidável ambiente tecnológico inovador tendo como resultado o Vale do Silício (informática) e técnicas agroindustriais (especialmente a irrigação, mecanização, mecatrônica), biotecnologia, automação, e robótica, infraestrutura e de serviços de ponta.

Em Los Angeles fizemos um city tour e conhecemos com o apoio de um guia falando em espanhol aqueles pontos mais badalados como a porta da entrada da cidade, inúmeros monumentos, consulado do México, Beverly Hills, Hollywood com sua calçada da fama, o local de entrega do Oscar, enfim, todas essas coisas que tornam o americano imbatível no marketing. Após conhecer quase todos esses enredos e roteiros de praxe, partimos de volta para o Brasil num excelente voo de 12 horas de duração pela American Airlines, sem escalas de Los Angeles para São Paulo.